sexta-feira, 29 de julho de 2011

Tired / Versos Tristes

O palhaço já não faz mais graça.
O magico cortou a própria mão.
A luz do picadeiro já não ilumina tanto assim.
Mesmo que eu procure ligar uma lanterna.
Nada nesse circo ficará claro por muito tempo.

Nunca consegui ser alguém pra outro alguém.
Nunca consegui fazer algo pra alguém.
E assim vivo enfadado ao fracasso.
De meu próprio ser.

Vivo cansado.
Cansado de ser ninguém pra ninguém.
Cansado de fazer nada pra niguém.
Cansado de derramar gritos pra ninguém.
Cansado de soltar lágrimas pra ninguém.

Vivo morto.
Morto por quem já disse "Eu te amo"
Olhando-me nos olhos.
Morto por quem já me emprestou um guardachuva.
Num dia de chuva.
Morto por que já elogiou meus trabalhos.
E que, um dia, largou minha mão num penhasco.

Vivo esquecido.
Esquecido por que já chamei de meu.
Quando a a ninguém chamei.
Esquecido por que já me chamou de meu.
A quem fui fiel por muito tempo.

E nesse poema repetitivo.
Nada mais tenho a acrescentar.
A não ser.
Estou cansado de ser nada pra ninguém.

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Meus versos são tristes?
Tão tristes quanto ver o seu próprio eu admitir que está errado?
Tão triste quanto olhar pra dentro e ver que a culpa da sua infelicidade.
Não é de ninguém, a não ser sua?
Tão triste quanto, num dia de chuva, sentir falta de alguém do seu lado
Deitado na cama de casal que você usa sozinho nas noites frias e sombrias.
Em que dormes?

By - Kira Hizaki Nishimura Matsumoto
Data - 29/07/2011

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